A Comissão de Infraestrutura vai debater a criação de uma nova unidade de conservação marinha no litoral Norte do país (Req 99/2024 – CI). Para o senador Lucas Barreto (PSD-AP), autor do pedido do debate, a medida é uma resposta dos ambientalistas às recentes descobertas geológicas de reservas de petróleo e gás no pré-sal da costa do Amapá, do Pará e do Maranhão. Lucas Barreto defende o direito de prospecção alegando que a Guiana já está cavando poços em condições semelhantes, a apenas 50 km de distância.

A proposta de criação da maior unidade de conservação marinha do país, com 35 milhões de hectares, na margem equatorial do litoral brasileiro, da fronteira do Amapá com a Guiana Francesa até os limites do Piauí com o Ceará, vem sendo discutida por técnicos do Ministério do Meio Ambiente e por cientistas da USP desde o ano passado. Para o senador Lucas Barreto, do PSD do Amapá, a medida é uma resposta dos ambientalistas para as recentes descobertas geológicas de reservas de petróleo e gás no pré-sal da costa do Amapá, do Pará e do Maranhão. A Petrobras quer a licença de exploração, mas os ambientalistas alertam para o impacto na biodiversidade de ecossistemas sensíveis, como os manguezais e os recifes de corais. Autor do pedido para debater a questão na Comissão de Infraestrutura, Lucas Barreto defende a exploração e alega que a Guiana já está cavando poços, em condições semelhantes às do nosso pré-sal, a uma distância de apenas 50 quilômetros.

(senador Lucas Barreto) “É importante frisar que o petróleo no Amapá é importante para a Amazônia e para o Brasil. Nós não conseguimos prospectar a 50km da onde já estão explorando, onde já tem 16 poços produzindo, vão produzir 14 bilhões de barris. As nossas reservas são de 16 bilhões. Então, é um absurdo que nós não tenhamos a condição de prospectar a nossa riqueza. É uma grande reserva, todos falam que é o grande prêmio”.

Para o debate na Comissão de Infraestrutura foram convidados os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira; e do Meio Ambiente, Marina Silva; além dos presidentes do Instituto Chico Mendes, Mauro Pires; e do IBAMA, Rodrigo Agostinho. Também deverão participar do debate, ainda sem data agendada, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard; e a secretária de Meio Ambiente do Amapá, Taisa Mendonça.

Foto: Athila Bertoncini/Eco Nordeste

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