Nesta chamada era digital, com acesso a uma vastidão de publicações através da internet, as bibliotecas ainda são uma importante fonte de informação para os cidadãos. Em Salvador, as bibliotecas municipais desempenham o papel como centros de conhecimento e de integração comunitária.

Atualmente, a cidade conta com três principais bibliotecas públicas municipais, gerenciadas pela Fundação Gregório de Mattos (FGM): Denise Tavares, na Liberdade; Nair Goulart, em Valéria; e Edgard Santos, na Ribeira. As duas primeiras funcionam de segunda a sexta, das 9h às 17h, e a Edgard Santos inicia os trabalhos às 8h.

A gerente de Biblioteca e Promoção de Livro e Leitura da FGM, Jane Palma, destaca a importância desses espaços para a educação e inclusão social. “A política pública adotada é de ampliar para fora do muro da biblioteca todas as ações socioculturais educativas que abarquem a difusão da literatura, da integração maior da sociedade com os gêneros literários”, afirma.

Projetos – Exemplo disso é o Caminho da Leitura, que inclui iniciativas como o Kaê Erê e o Literatura na Praça, que utilizam espaços públicos para promover a leitura e a literatura. O programa, iniciado em 2018, completa cinco anos de criação em 2024 e impactou quase 76 mil leitores até o momento.

“O Kaê Erê é um projeto que trata de tudo que envolve a matriz africana. Trabalha com dois jogos associados à literatura de matriz africana, que são o Mancala e o Yorubá, um é de matemática, um jogo de tabuleiro, e outro é de história. As pessoas da comunidade que participam têm que ler um livro e responder perguntas baseadas nos livros que estudaram, o que é uma forma de incentivo”, explica o bibliotecário da Nair Goulart, José Antônio Nascimento.

Já o Literatura na Praça envolve apresentações culturais em praças da cidade, demonstrando o potencial das bibliotecas em integrar a comunidade através da arte e da cultura.

Para Pedro Bruno, um jovem frequentador assíduo da Nair Goulart, de apenas 11 anos, o espaço não só apoia seus estudos como também oferece um ambiente para diversão e interação com amigos. “Ajuda as pessoas que não têm como estudar, que não teriam internet em casa. Eu gosto bastante. Depois da escola, eu venho aqui e faço alguns deveres de casa”, relatou.

Foto: Mateus Pereira/GOVBA

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