Em São Paulo, 7 de julho já é o Dia do Funk, data escolhida em homenagem ao MC Daleste, de apenas 20 anos, morto durante um show na cidade de Campinas no ano de 2013.

A proposta aprovada pelo Senado e que aguarda sanção do presidente Lula quer que o Funk seja celebrado em uma data nacional: 12 de julho, em referência ao Baile da Pesada, festa precursora para a popularização do funk. O evento aconteceu no dia 12 de julho de 1970, no Rio de Janeiro.


De acordo com o relatório da senadora Janaína Farias, do PT do Ceará, a data valoriza a expressão cultural e o ritmo musical desenvolvidos a partir da periferia urbana.

O texto reconhece, também, o potencial econômico do funk, indústria que movimenta milhões por ano.


O voto da relatora foi lido pelo senador Carlos Portinho, do PL do Rio de Janeiro. Ele revelou ter sido DJ na juventude e ter tido influência de artistas como Claudinho & Buchecha e Furacão 2000. Portinho classificou o funk como manifestação cultural genuinamente brasileira e criticou preconceitos:

(sen. Carlos Portinho) “Historicamente, o funk tem sido marginalizado e criminalizado, muitas vezes associado à violência e ilegalidade. No entanto, é inegável que o funk oferece um caminho de esperança e transformação para muitos jovens.”

O desenvolvimento do funk no Brasil teve início na década de 1970, sob influência dos estilos soul e funk norte-americanos. Eram os bailes black, lembrados por muitos brasileiros com saudades nos dias de hoje.


Com o tempo, o funk carioca trilhou seu caminho próprio e virou febre na década de 90 do século passado, quando se multiplicaram os bailes funk e as baladas charme, no Rio de Janeiro. Hoje, o funk é nacional e exporta música para o mundo inteiro.

Foto: Christophe Simon / AFP

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