O Ano Novo Chinês, também conhecido como Festival da Primavera ou Ano Novo Lunar, é uma das celebrações mais populares na China. Ele se baseia em um calendário lunar e solar (enquanto os países ocidentais seguem apenas o calendário solar) e, em 2024, começa o que corresponde ao ano do Dragão.

As celebrações para este evento duram cerca de 15 dias e geralmente estão associadas a fogos de artifício, desfiles, tradições e rituais (embora na China seja mais comum que as famílias o celebrem de forma mais privada). De uma forma ou de outra, a iconografia associada a essa festividade tem um grande impacto em todo o mundo, devido ao seu significado, beleza e reconhecimento internacional.

Suas cores vibrantes, a homenagem aos ancestrais, o contraste de culturas, os desejos de boa sorte e outros elementos têm sido símbolos de inspiração para muitos criadores. Por isso, a cultura historicamente refletiu essas celebrações em diversos meios, como na literatura, no cinema, na fotografia, na música e em outros formatos.

Obviamente, esse é um tema recorrente na literatura e no cinema asiáticos. Mas sua influência pode ser encontrada além dos países orientais, já que os símbolos das estrelas, pipas voando pelo espaço ou o majestoso tigre comemorando seu ano são ícones que a arte ocidental incluiu inúmeras vezes.

Uma das referências cinematográficas mais evidentes foi no filme “O Ano do Dragão” (1985), dirigido por Michael Cimino e estrelado por Mickey Rourke. Além do título, que já é uma declaração de intenções, o contexto de um dos principais confrontos do filme ocorre durante essas festividades, na cidade de Nova York.

A saga “A Hora do Rush”, estrelada pelo astro da ação Jackie Chan, também escolheu essa festividade como cenário para algumas de suas cenas mais espetaculares. Embora, se falarmos de espetacularidade, a nova versão de “O Grande Gatsby”, com Leonardo DiCaprio, inclui uma celebração suntuosa do mais alto nível, em comemoração ao Ano Novo Chinês. E há muitos mais exemplos cinematográficos que podem evocar nossa memória.

A literatura também abordou amplamente esta data importante. Sua força comemorativa inspirou grandes ideias para tramas e foram criadas obras com descrições detalhadas dessa celebração. Os autores chineses frequentemente tratam deste tema com rigor.

Mas escritores internacionais também têm usado esse evento para enriquecer suas obras. É o caso da trilogia da China imperial de Robert Elegant. Amy Tan, autora americana com raízes orientais, também se inspirou nesta festividade para seus romances. E Arthur Golden incorporou este evento em algumas de suas criações mais populares.

A pintura tem uma importância especial no Ano Novo Chinês. Apreciar os quadros  “Sui Zhao” faz parte da celebração nesses dias no país asiático. Eles combinam elegância e tradição. Nem todos se concentram nas festividades; algumas são mais do cotidiano. Ao longo dos anos, as exposições dedicadas a essas obras aumentaram sua presença internacionalmente, tornando-se comuns em muitos países ocidentais.

O mesmo muitas vezes ocorre com as pinturas que refletem esta festividade. Este mundo global quer transmitir, às diferentes culturas, a celebração tradicional e comemorativa do Ano Novo Chinês; refletindo, nas ruas, a incrível afluência dos cidadãos de origem asiática que estão em outros países e reivindicam suas origens e cultura. Mas também outras celebrações mais íntimas e familiares, próprias das diferentes regiões chinesas.

Em suma, estamos diante de um dos eventos mais representativos da cultura oriental, e todo um espetáculo visual e icônico que inspirou inúmeras criações artísticas, que hoje fazem parte do patrimônio cultural internacional.

Todas as formas de representação artística refletiram, em algum momento, esta celebração e seu caráter, tanto público quanto privado; além de inspirar situações e cenas que serviram como argumento para tramas mais complexas. E assim também será nos anos futuros, com novos e mais inovadores formatos digitais, que continuarão complementando esta tradição.

Foto: Reprodução

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