A produção industrial brasileira teve crescimento de 8,4% em abril de 2024 na relação com o mesmo mês de 2023. O resultado foi positivo nas quatro grandes categorias econômicas, em 22 dos 25 ramos, em 68 dos 80 grupos e 70,3% dos 789 produtos pesquisados. O resultado está na Pesquisa Industrial Mensal (PIM) divulgada nesta quarta-feira, 5/6, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No fechamento do primeiro quadrimestre, o avanço do setor industrial foi de 3,5%, comparado a uma queda de 1% em igual período de 2023. 

“O acumulado do ano, para além de se situar no campo positivo, mostra uma aceleração do movimento de crescimento que se dá de forma generalizada: bens de capital associado a investimentos crescendo; bens de consumo avançando; bens intermediários, que concentram a matéria prima, mostrando taxa positiva. Comparando o último quadrimestre de 2023 com o primeiro de 2024, podemos verificar esse maior dinamismo da produção industrial”, afirma André Macedo, gerente da Pesquisa Industrial Mensal.

SAZONAL – Na comparação mais sazonal, de abril de 2024 comparado a março de 2024, houve recuo de 0,5%, interrompendo dois meses consecutivos de crescimento, período em que o país acumulou expansão de 1%. Apesar de a taxa estar no campo negativo, há predominância de resultados positivos, com três das quatro categorias econômicas e 18 de 25 ramos mostrando expansão na produção.

Entre as atividades, a influência negativa mais importante veio das indústrias extrativas, que recuaram 3,4% neste mês, após avançarem 0,4% em março. Outras contribuições negativas vieram de produtos alimentícios (-0,6%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-0,6%) e de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-2,6%). No campo positivo, o destaque é a indústria automobilística. Macedo ressalta que o segmento já vem emplacando melhora do comportamento, à exceção do mês anterior, no qual houve um recuo de 4,6%. Mas, ao longo dos outros meses de 2024, houve alta de 4,4% em janeiro, 3,5% em fevereiro e agora em abril a alta foi de dois dígitos, 13,2%.

“Há uma melhora na produção recente de automóveis, caminhões, autopeças e ônibus. E esse movimento está relacionado ao mercado doméstico, influenciado pelo comportamento positivo do mercado de trabalho, com o aumento de pessoas ocupadas e da massa de rendimentos. Pesam também a flexibilização da política monetária com redução da taxa de juros e a queda da inadimplência.

Foto: Reprodução

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